O amor... Ah, o amor.. Estava eu relendo esses dias pra trás um texto da Martha Medeiros, um que ela fala sobre um amor sob encomenda que nos foi entregue fora das medidas que desejávamos, eu me coloquei a pensar: Já pensou se, com essa entrega, viesse também o manual? Seria tudo tão mais fácil, né? Não haveria tantas pessoas se divorciando, outras preferindo a solidão, outras se entregando a uma vida sem vida, sabe? Não haveria desilusões, nem decepções... Não haveria graça. Afinal, o que é melhor? A gente pegar a bicicleta e já sair andando ou a gente cair de vez em quando pra aprender a se equilibrar em duas rodas? Descobrir o amor é melhor do que entendê-lo. Viver e sentir o amor é melhor do que desvendar os seus mistérios. É como o pote de ouro que fica embaixo do arco-íris e que tantas pessoas sonham em possuir: Nunca ninguém sequer chegou perto, mas nunca ninguém deixou de acreditar na existência dele e nem desistiu de alcançá-lo. É um tesouro que nem o senhor Jack Sparrow e toda sua destreza seria capaz de encontrar, a fórmula secreta do amor. Mais secreta do que a fórmula secreta - e podre - da coca-cola. Mais secreta ainda do que a fórmula da felicidade, que na verdade nem existe, a gente é quem cria a nossa. A graça do amor é exatamente não saber o que ele é. É encarar esse dragão de mil cabeças morrendo de medo de morrer por ele, mas encarar de frente, porque esse dragão desperta em você uma coragem, uma força que nunca antes você teve. Esse dragão de mil cabeças que te dá medo, mas que te jura o paraíso caso consiga passar por ele sem se permitir ser destruida.
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